A empresa de análise de dados Chainalysis publicou um estudo que mostra a utilização de criptomoedas por criminosos e na prática de atividades ilícitas. Os números são preocupantes e mostram um enorme crescimento no setor.
De acordo com o levantamento, só em 2021, foram US$ 11 bilhões mantidos em criptomoedas por criminosos, sendo o recorde anual na categoria. O antigo valor mais alto registrado foi em 2020, com “apenas” US$ 3 bilhões.
O estudo também diferenciou o tipo de golpe ou atividade ilegal realizada por esses criminosos. A prática mais comum, identificada em 93% dos casos, é a de roubo de carteiras de criptomoedas — algo que pode ser feito ao roubar dados de acesso pela instalação de um malware, por exemplo, ou a partir de uma invasão contra uma exchange.
Outras práticas bastante identificadas foram a utilização de criptomoedas em fóruns da darknet para obtenção de itens ou serviços também ilegais (US$ 448 milhões movimentados em 2021), fraude (US$ 192 milhões) e ransomwares (US$ 30 milhões).
Na carteira do criminoso
Olhando especificamente para a carteira dos acusados de cometer crimes com criptomoedas, a Chainalysis encontrou 4.068 bandidos que são “baleias”, termo usado para caracterizar carteiras privadas com mais de US$ 1 milhão na conta.
Segundo o estudo, 3,7% desses milionários obtiveram a renda de forma ilícita e, nesses casos, parte ou quase todas as criptomoedas foram fruto de crimes. Não há explicações, entretanto, sobre em qual categoria se encontram os NFTs — que já são muito utilizados em lavagem de dinheiro e venda de artes digitais sem permissão do artista, entre outros esquemas.
Você pode conferir o estudo completo da Chainalysis (em inglês) no site da companhia.